quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Professor brasileiro está entre os dez melhores do mundo

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Um professor de ciências de uma escola pública do interior do Espírito Santo está entre os dez finalistas do Global Teacher Prize, premiação internacional que escolhe o melhor educador do mundo. Wemerson da Silva Nogueira, de 26 anos, dá aulas na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Antônio dos Santos Neves, em Boa Esperança (ES), a 280 quilômetros de Vitória. Ele irá até Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, no dia 19 de março, quando será conhecido o vencedor, que receberá um milhão de dólares, em pagamentos distribuídos ao longo de dez anos.
A honraria está em sua terceira edição e teve, neste ano, 20.000 inscritos de 179 países. A Varkey Foundation, que organiza o prêmio, e o comitê que analisa os candidatos levam em conta, entre outros, aspectos como os reflexos do ensino na comunidade em que o professor trabalha, as inovações nas aulas e a formação da cidadania dos alunos.
Nogueira, que sempre estudou em escola pública e dá aulas desde 2012, se destacou com um método dinâmico de ensino de ciências. Ele venceu, no ano passado, o Prêmio Educador Nota 10, uma realização da Editora Abril, que edita VEJA, e Rede Globo. “Meu projeto atendeu à demanda por metodologias diferenciadas na sala de aula”, diz.
Caso vença o prêmio, Nogueira quer aplicar o dinheiro em seus estudos e em infraestrutura de ensino.  O vencedor também será convidado a participar de eventos públicos e a dar palestras em fóruns sobre a profissão. Os organizadores impõem como condição que o melhor professor do mundo continue atuando em sala de aula por pelo menos cinco anos.
Além do professor brasileiro, estão entre os dez melhores educadores do Global Teacher um inglês, uma paquistanesa, um espanhol, uma alemã, uma jamaicana, uma canadense, um australiano, uma chinesa e um queniano.
Arquivado em:Educação

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

FICOO 2017 | Todos nós juntos

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Todos nós juntos

 
 
 
O FICOO é um grande encontro de muitas tribos, reunidas para descobrir e transformar o mundo. Para ser colaborativo e co-sustentável, o Festival é realizado contando exclusivamente com a receita das inscrições e com a colaboração de redes.
Está aqui disponibilizada a planilha de viabilidade desta edição. Nela, encontram-se os investimentos necessários para viabilizar o sonho do FICOO 2017. O sucesso do FICOO depende do empenho de todas as tribos.
 
 
 

Você faz o FICOO acontecer

 
 
 
A Monja Coen abre a programação do FICOO com a conferência "Poder da Parceria".
Você também pode trazer para o FICOO seus conhecimentos e experiências. Inscreva-se na Feira de Boas Práticas e no Laboratório de Com-Vivências.
Monja Coen
 
 
 
FICOO 2017 @ Florianópolis, 20-23 de abril - Poder da Parceria
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terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Bolsa Instituto TIM-OBMEP: Inscrições abertas até 20 de fevereiro


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Prezados(as) Gestores(as),
O Instituto TIM, em parceria com a OBMEP, está oferecendo 50 (cinquenta) bolsas de manutenção para alunos medalhistas (de qualquer edição da OBMEP) que estarão ingressando em Universidade Pública (Federal ou Estadual) no primeiro semestre de 2017. 
O programa tem como objetivo apoiar estudantes a se dedicar de forma integral a seus estudos de graduação, sem necessidade de buscar outras fontes de provento.
Os pré-requisitos para concorrer as Bolsas do Instituto TIM - OBMEP são:

1) Ser Medalhista de ouro, prata ou bronze em alguma edição da OBMEP, e

2) Ser admitido(a) em um curso de uma Universidade Pública (Federal ou Estadual), para o primeiro semestre de 2017, nas seguintes áreas: Astronomia, Biologia, Computação, Economia, Engenharia, Estatística, Física, Matemática, Medicina e Química.

As inscrições estão abertas e podem ser realizadas até 20 de fevereiro no site: http://bolsatim.obmep.org.br/portal
Solicitamos, por gentileza, que divulguem entre seus alunos.
Att,
UNIEB

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Negra, pobre e da rede pública fica em 1º no curso mais disputado da Fuvest

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Negra, pobre e da rede pública fica em 1º no curso mais disputado da Fuvest

Folhapress
Universidade de São Paulo
Foto: Piton/Futura Press
JAIRO MARQUES SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - É com uma frase provocativa estampada em uma rede social que Bruna Sena, 17, primeira colocada em medicina da USP de Ribeirão Preto, carreira mais concorrida da Fuvest-2017, comemora e passa um recado de sua conquista: "A casa-grande surta quando a senzala vira médica".
Negra, pobre, tímida, estudante de escola pública, criada apenas pela mãe, que ganha R$ 1.400 como operadora de caixa de supermercado, Bruna será a primeira da família a interromper o ciclo de ausência de formação superior em suas gerações. Fez em grande estilo, passando em uma das melhores faculdades médicas do país.
A mãe, Dinália Sena, 50, que sustenta a casa desde que Bruna tinha nove meses e o pai deixou o lar, está entre a alegria e o pavor. Tem medo que a filha seja hostilizada. "Por favor, coloque no jornal que tenho medo dos racistas. Ela vai ser o 1% negro e pobre no meio dos brancos e ricos da faculdade", diz.
Já a filha se mostra tranquila. Acredita que será bem recebida e tem na ponta da língua a defesa de sua raça, de cotas sociais e da necessidade de mais oportunidades para os negros no Brasil. "Claro que a ascensão social do negro incomoda, assim como incomoda quando o filho da empregada melhora de vida, passa na Fuvest.
Não posso dizer que já sofri racismo, até porque não tinha maturidade e conhecimento para reconhecer atitudes racistas", diz.
"Alguns se esquecem do passado, que foram anos de escravidão e sofrimento para os negros. Os programas de cota são paliativos, mas precisam existir. Não há como concorrer de igual para igual quando não se tem oportunidade de vida iguais."
GEORGE ORWELL
Para enfrentar a concorrência de 75,58 candidatos por vaga, Bruna fez o básico: se preparou muito, ao longo de toda sua vida escolar.
"Ela só tirava notas 9 ou 10. Uma vez, tirou um 7 e fui até a escola para saber o que tinha acontecido. Não dava para acreditar. Falei com o diretor e ele descobriu que tinham trocado a nota dela com um menino", diz a mãe.
George Orwell, autor do clássico "A Revolução dos Bichos", fábula que conta a insurreição dos animais de uma granja contra seus donos, está entre os favoritos da garota, que também gosta de romance e comédia e é fã da série americana "Grey's Anatomy", um drama médico.
No último ano do ensino médio, que cursou pela manhã na escola estadual Santos Dumont, conseguiu uma bolsa de estudos em um cursinho popular de estudantes da USP, para onde ia à noite. "Minha escola era boa, mas, infelizmente, tinha todas as dificuldades da educação pública, que não prepara o aluno para o vestibular. Falta conteúdo, preparo de alguns professores. Sem o cursinho, não iria conseguir."
Segundo Bruna, que mora em um conjunto habitacional na periferia de Ribeirão Preto, vários de seus colegas de escola "nem sabem que a USP é pública e que existe vestibular para passar".
Com ajuda financeira de amigos e parentes, Bruna fazia kumon de matemática, mas o dinheiro não deu para seguir com o curso de inglês. "Tudo na nossa vida foi com muita luta, desde que ela nasceu, prematura de sete meses, e teve de ficar internada por 28 dias. Não tenho nenhum luxo, não faço minhas unhas, não arrumo meu cabelo. Tudo é para a educação dela", declara a mãe.
Ainda segundo Dinália, "alguns conhecidos ajudaram. Uma amiga minha sempre dava livros para ela. Uma vez, essa amiga colocou R$ 10 dentro de um livro para comprarmos comida e escreveu: 'Bruna, vence a vida, não deixe que ela te vença, estude'".
FUTURO
A opção pela medicina aconteceu há cerca de um ano, por influência de professores do cursinho popular que frequentou, o CPM, ligado à própria Faculdade de Medicina da USP-Ribeirão.
"Claro que não sei ainda qual especialidade pretendo seguir, mas sei que quero atender pessoas de baixa renda, que precisam de ajuda, de alguém para dar a mão e de saúde de qualidade."
Engajada na defesa de causas sociais como o feminismo, o movimento negro e a liberdade de gênero, a adolescente orgulha-se do cabelo crespo e de sua origem, mas é restrita nas palavras sobre o pai, que não paga pensão e não a vê há anos.
"Minha mãe ralou muito para que eu tivesse esse resultado e preciso honrar isso. Sou grata também à minha escola, ao cursinho. Do meu pai, nunca entendi o desprezo, me incomoda um pouco, mas agora é hora de comemorar e ser feliz", afirma.