quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Jornada Continental convoca a luta unitária dos povos do continente contra a agenda neoliberal e em defesa da democracia

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Jornada Continental convoca a luta unitária dos povos do continente contra a agenda neoliberal e em defesa da democracia

Montevidéu, capital uruguaia, sediou na última semana o Encontro da Jornada Continental pela Democracia e contra o neoliberalismo. Cerca de 3000 militantes, de 23 países, estiveram reunidos para debater os impactos da ofensiva neoliberal na nossa região e discutir estratégias e agendas de luta, entre eles um expressiva delegação brasileira, da CUT e da CSD – CUT Socialista e Democrática.

A Jornada teve início em 2015, quando dezenas de organizações de luta reuniram-se em Havana, nos marcos dos 10 anos da derrota da ALCA e buscam, desde então, a rearticulação das ações frente à ofensiva neoliberal e o ataque às democracias. Para este ano, definimos a construção prioritária do Encontro de Montevidéu como um espaço capaz de ampliar o alcance da jornada e impulsionar um calendário de luta internacional unitário para 2018.

Como forma de organizar nossa unidade e nosso debate, ao longo do processo da jornada, definimos quatro eixos fundamentais de debate, elaboração e organização das nossas lutas: a defesa da democracia e da soberania, a luta contra o livre comércio, o combate ao poder das transnacionais e a integração dos povos.
Em Montevidéu realizamos atividades de luta, a exemplo de uma grande marcha de abertura, e ao longo de dois dias debatemos em painéis e mesas de discussão a conjuntura, os parâmetros da nossa unidade e os desafios das nossas lutas em torno de cada um dos eixos da jornada.

A síntese dessas discussões nos levou a uma plenária de convergência, na qual foi apresentada e debatida a declaração final do encontro que sistematizou os parâmetros da nossa unidade e nossas principais agendas de luta, iniciando ainda este ano com a mobilização em repúdio a Cúpula Ministerial da OMC em Buenos Aires no mês de dezembro.

Para 2018 definimos como prioridades as mobilização unitária no dia 8 de março e no 1º de maio; a presença e defesa da nossa agenda comum contra o livre comércio, no Fórum Alternativo Mundial da Água - FAMA, em Brasília, no mês de março; a mobilização contrária e o repúdio à Cúpula das Américas em junho, no Peru, e à cúpula do G20 que acontecerá no segundo semestre, em Buenos Aires, espaços que buscam restabelecer a hegemonia neoliberal no continente e, por fim, convocar os povos e movimentos do continente a mobilizarem-se de maneira unitária, combativa e solidária, em todos os países na semana de 19 a 25 de novembro, reivindicando a agenda acordada em Montevidéu, como expressão da ação dos nossos povos em defesa da democracia e contra o neoliberalismo.

Acesse ou veja abaixo (Formato PDF) a íntegra da Declaração Final do Encontro de Montevidéu (espanhol): http://bit.ly/JornadaDeclaração

ANEXO
A CUT e a CSD participaram ativamente da cobertura colaborativa do Encontro de Montevidéu. Acesse conteúdos que selecionamos para você:

📹 Nalu Faria sobre a agenda unitária definida no Encontro de Montevideu - http://bit.ly/JornadaNaluFaria

📹 Dr. Rosinha fala sobre o debate de integração dos povos na jornada - http://bit.ly/JornadaDrRosinhaIntegracao

📹 Daniel Gaio fala sobre o Fórum Alternativo Mundial da Água - FAMA na agenda da Jornada - http://bit.ly/JornadaDaniel

📹 Rafael Freire fala sobre os desafios da Jornada – http://bit.ly/JornadaRafaelFreire

📹 Dr. Rosinha, Professor Lemos e Miguel Rossetto falam diretamente da Jornada Continental - http://bit.ly/JornadaLemosRosinhaRossetto

📹 Íntegra do Ato político de Abertura - http://bit.ly/JornadaAtoAbertura

📹 Íntegra do painel Povos em Movimento - http://bit.ly/JornadaPovosemMovimento

📹 Íntegra do painel Desafios frente a onda conservadora e os ataques às democracias com Pepe Mujica   http://bit.ly/JornadaMesa2

📹 Íntegra do debate sobre Livre Comércio, com Daniel Gaio da CUT e Ticiana Studart da Marcha Mundial das Mulheres - http://bit.ly/JornadaLivreComercio

📹 Íntegra da Plenária Final de Convergência - http://bit.ly/JornadaPlenária

📹 Veja vídeo com um pouco da participação da Marcha Mundial das Mulheres na Jornada - http://bit.ly/JornadaMMM

📄 Em Montevidéu, Jornada Continental debate avanço do neoliberalismo - http://bit.ly/JornadaDemocraciaSoberania

📄 Com uma grande marcha, começa o Encontro de Montevidéu por Democracia e contra o Neoliberalismo - http://bit.ly/JornadaAbertura

📄 "Vida humana não pode se resumir a trabalhar e pagar contas", diz Mujica - http://bit.ly/JornadaMujica

📷 Veja a galeria de imagens da Jornada Continental no Flick - http://bit.ly/JornadaFlickr
 

terça-feira, 21 de novembro de 2017

PREGUIÇA BAIANA DÁ DOUTORADO A UMA PAULISTA!!!

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PREGUIÇA BAIANA DÁ DOUTORADO A UMA PAULISTA!!!
(por Girimias Dourado)

"Preguiça baiana" é faceta do racismo. A famosa "malemolência" ou preguiça baiana, na verdade, não passa de racismo, segundo concluiu uma tese de doutorado defendida na USP. A pesquisa que resultou nessa tese durou quatro anos.

A tese, defendida no início de setembro pela professora de antropologia Elisete Zanlorenzi, da PUC-Campinas, sustenta que o baiano é muitas vezes mais eficiente que o trabalhador das outras regiões do Brasil e contesta a visão de que o morador da Bahia vive em clima de "festa eterna".

Pelo contrário, é justamente no período de festas que o baiano mais trabalha. Como 51% da mão-de-obra da população atua no mercado informal, as festas são uma oportunidade de trabalho. "Quem se diverte é o turista", diz a antropóloga.

O objetivo da tese foi descobrir como a imagem da preguiça baiana surgiu e se consolidou. Elisete concluiu, após quatro anos de pesquisas históricas,que a imagem da preguiça derivou do discurso discriminatório contra os negros e mestiços, que são cerca de 79% da população da Bahia.

O estudo mostra que a elevada porcentagem de negros e mestiços não é uma coincidência. A atribuição da preguiça aos baianos tem um teor racista.

A imagem de povo preguiçoso se enraizou no próprio Estado, por meio da elite portuguesa, que consideravam os escravos indolentes e preguiçosos, devido às suas expressões faciais de desgosto e a lentidão na execução do serviço (como trabalhar bem-humorado em regime de escravidão????).

Depois, se espalhou de forma acentuada no Sul e Sudeste a partir das migrações da década de 40. Todos os que chegavam do Nordeste viraram baianos. Chamá-los de preguiçosos foi a forma de defesa encontrada para denegrir a imagem dos trabalhadores nordestinos (muito mais paraibanos do que propriamente baianos), taxando- os como desqualificados, estabelecendo fronteiras simbólicas entre dois mundos como forma de "proteção" dos seus empregos.

Elisete afirma que os próprios artistas da Bahia, como Dorival Caymmi, Caetano Veloso e Gilberto Gil, têm responsabilidade na popularização da imagem. "Eles desenvolveram esse discurso para marcar um diferencial nas cidades industrializadas e urbanas. A preguiça, aí, aparece como uma especiaria que a Bahia oferece para o Brasil", diz Elisete. Até Caetano se contradiz quando vende uma imagem e diz: "A fama não corresponde à realidade. Eu trabalho muito e vejo pessoas trabalhando na Bahia como em qualquer lugar do mundo".

Segundo a tese, a preguiça foi apropriada por outro segmento: a indústria do turismo, que incorporou a imagem para vender uma idéia de lazer permanente "Só que Salvador é uma das principais capitais industriais do país, com um ritmo tão urbano quanto o das demais cidades."

O maior pólo petroquímico do país está na Bahia, assim como o maior pólo industrial do norte e nordeste, crescendo de forma tão acelerada que, em cerca de 10 anos será o maior pólo industrial na américa latina.

Para tirar as conclusões acerca da origem do termo "preguiça baiana", a antropóloga pesquisou em jornais de 1949 até 1985 e estudou o comportamento dos trabalhadores em empresas. O estudo comprovou que o calendário das festas não interfere no comparecimento ao trabalho. O feriado de carnavaal na Bahia coincide com o do resto do país. Os recessos de final de ano também.

A única diferença é no São João (dia 24 /06), que é feriado em todo o norte e nordeste (e não só na Bahia).

Em fevereiro (Carnaval), uma empresa, com sede no Pólo Petroquímico da Bahia, teve mais faltas na filial de São Paulo que na matriz baiana (sendo que o n° de funcionários na matriz é 50% maior do que na filial citada). Outro exemplo: a Xerox do Nordeste, que fica na Bahia, ganhou os dois prêmios de qualidade no trabalho dados pela Câmara Americana de Comércio (e foi a única do Brasil).

Pesquisas demonstram que é no Rio de Janeiro que existem mais dos chamados "desocupados" (pessoas em faixa etária superior a 21 anos que transitam por shoppings, praias, ambientes de lazer e principalmente bares de bairros durante os dias da semana entre 9 e 18h), considerando levantamento feito em todos os estados brasileiros. A Bahia aparece em 13° lugar.

Acredita-se hoje (e ainda por mais uns 5 a 7 anos) que a Bahia é o melhor lugar para investimento industrial e turístico da América Latina, devido a fatores como incentivos fiscais, recursos naturais e campo para o mercado ainda não saturado. O investimento industrial e turístico tem atraído muitos recursos para o estado e inflado a economia, sobretudo de Salvador, o que tem feito inflar também o mercado financeiro (bancos, financeiras e empresas prestadoras de serviços como escritórios de advocacia, empresas de auditoria, administradoras e lojas do terceiro setor).

Faça o favor de encaminhar este artigo ao maior número possível de pessoas. Para que, desta forma, possamos acabar com este estereótipo de que o baiano é preguiçoso. Muito pelo contrário, somos dinâmicos e criativos. A diferença consiste na alegria de viver, e por isso, sempre encontramos animação para sair, depois do expediente ou da aula, para nos divertir com os amigos.

FOTO AUTORIA - Catia Oliveira
Texto : Girimias Dourado
 

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Para relfetir: afinal para que serve a escola?

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Por Mia Couto "Preocupa-nos que os nossos estudantes entrem para universidade com fraco desempenho acadêmico. Pois eu acho mais preocupante ainda que os nossos jovens cresçam sem referências morais. Estamos empenhados em assuntos como o empreendedorismo como se todos os nossos filhos estivessem destinados a serem empresários. Ocupamos em cursos de liderança como se a próxima geração fosse toda destinada a criar políticos e líderes. Não vejo muito interesse em preparar os nossos filhos em serem simplesmente boas pessoas, bons cidadãos do seu país, bons cidadãos do mundo.

Escrevi uma vez que a maior desgraça de um país pobre é que, em vez de produzir riqueza, vai produzindo ricos. Poderia hoje acrescentar que outro problema das nações pobres é que, em vez de produzirem conhecimento, produzem doutores (até eu agora já fui promovido..,) . Em vez de promover pesquisa, emitem diplomas. Outra desgraça de uma nação pobre é o modelo único de sucesso que vendem às novas gerações. E esse modelo está bem patente nos vídeo-clips que passam na nossa televisão: um jovem rico e de maus modos, rodeado de carros de luxo e de meninas fáceis, um jovem que pensa que é americano, um jovem que odeia os pobres porque eles lhes fazem lembrar a sua própria origem.

É preciso remar contra toda essa corrente. É preciso mostrar que vale a pena ser honesto. É preciso criar histórias em que o vencedor não é o mais poderoso. Histórias em que quem foi escolhido não foi o mais arrogante mas o mais tolerante, aquele que mais escuta os outros."

(Mia Couto)
 

BASTA DE PAULO FREIRE?

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Ivo e Ivanio


Olá pessoal... é o Ivo e o Ivanio por aqui... tudo beleza...
Você deve ter visto ou ouvido falar da manifestação conservadora que pedia "BASTA DE PAULO FREIRE", veja a foto da manifestação abaixo:

Nós sabemos... foi lamentável... mas foi real e estamos compartilhando ela pra manter viva em nossa memória que optar pelo modelo freiriano de educar é causar desconforto no modelo vigente... é ser a tensão para a mudança... é decisão e compromisso com a transformação... e não será um caminho fácil (nós sabemos bem disso!).
Mas, nossa esperança e nossa ousadia fez com que construíssemos a Semana Paulo Freire como um momento onde possamos nos encontrar e dialogar sobre a Vida e a Obra de Freire, sobre o método Paulo Freire e sobre a Didática Freiriana (no vídeo 03 de segunda feira).
Gostaríamos que todos e todas que estão participando da Segunda Semana Paulo Freire possam se alimentar dos saberes partilhados e manter vivas as lutas nos seus espaços pedagógicos. Vamos gritar juntos: "Queremos MAIS Paulo Freire!". Compartilhe este e-mail e vamos criar uma grande corrente de freirianos e freirianas...
Se você quer saber mesmo O NOSSO PORQUÊ, queremos compartilhar um vídeo incidental que gravamos durante a 1ª Semana Paulo Freire, onde nós dialogávamos sobre os motivos que nos levavam a realizar o evento online: CLIQUE AQUI PRA ASSISTIR
E pra você ver as duas videoaulas que já estão disponíveis é só CLICAR AQUI PRA VER AS DUAS VIDEOAULAS
Nos vemos lá... deixe seus comentários pra irmos dialogando...
Um grande abraço e força na luta!
Ivo e Ivanio
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