Segunda-Feira, 12 de Agosto de 2013
:: CUT prepara vigília para esta terça-feira (13), em Brasília, contra a PL 4330 da terceirização ::
                                            
Professores
 e movimentos sindicais participam nesta terça-feira (13), a partir das 
17h, de uma vigília no Congresso Nacional para pressionar os 
parlamentares a votarem contra o Projeto de Lei que precariza ainda mais
 as condições dos trabalhadores terceirizados. A atividade é realizada 
pela CUT. Informamos que o Sinpro-DF acompanhará a manifestação durante 
todo o dia e convoca a categoria para que participe das atividades, com 
concentração em frente ao Congresso. Durante a terça (13) ocorrerão 
várias atividades e visitação aos gabinetes dos parlamentares. Já no dia
 30 de agosto haverá uma paralisação contra o PL 4330.
Negociação travada – 
Representantes dos empresários, do Congresso e do governo federal, 
discutem a questão em uma mesa de negociação criada no início de julho 
por pressão da CUT. No último dia 5, os trabalhadores cobraram um tempo 
maior para debater o texto, mas os demais integrantes da mesa fecharam 
posição de votar a projeto no dia 14, após aquela que deve ser a última 
rodada de negociação, marcada para a segunda-feira (12). Diante dessa 
posição, os trabalhadores acamparão na frente do Congresso no dia 13, 
onde passarão a noite para protestar e cobrar que os parlamentares se 
posicionem contra o PL.
CUT quer ampliar o diálogo
 – Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, além de pressionar pela 
continuidade do debate na mesa, as centrais sindicais devem engrossar a 
mobilização para mostrar aos parlamentares que serão cobrados, caso 
votem pela precarização. “A CUT permanecerá na mesa de negociação para 
tentar construir um acordo capaz de regulamentar a terceirização, de 
forma que não seja sinônimo de precarização, rabaixamento de direitos, 
de salários e enfraquecimento da representação sindical. Mas também 
faremos o enfrentamento colocando nossos militantes em Brasília para 
impedir que um relatório com uma série de ataques aos trabalhadores seja
 votado e aprovado”, disse.
Terceirização geral – 
Para a Central, o principal problema é o fato de o projeto não traçar 
limites e admitir a terceirização em quaisquer atividades. Inclusive, 
admitindo a quarteirização, situação em que a terceirizada contrata 
outra empresa para exercer o trabalho para o qual foi contratada.
Secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, 
critica o desejo de empresários, parlamentares e governo em encerrar a 
conversa numa situação em que muitos pontos ainda estão em aberto e 
cobra que os parlamentares, caso não exista consenso, cumpram a função 
para a qual foram eleitos. “Da maneira como está, o projeto traz a 
desorganização sindical, a redução de salário dos trabalhadores, a 
retirada de conquistas sociais e isso não aceitamos. Vamos apostar 
sempre na negociação, por isso continuaremos o debate na próxima 
segunda, mas temos que aprofundar a mobilização dos nossos ramos e 
estaduais para que lembrem aos deputados que foram eleitos para 
representar o povo brasileiro. Se forem coerentes, vão atender a voz dos
 manifestantes, até porque ainda há espaço para negocia&cce
 dil;ão”, defendeu.
Secretária de Relações do Trabalho da CUT,
 Maria das Graças Costa, citou que a mesa quadripartite é uma conquista,
 mas também criticou a forma acelerada como discutiu o PL. “Não podemos 
esquecer que, se não fosse nossa luta para definir esse espaço de 
negociação, o texto já teria sido votado em julho, conforme estava 
inicialmente agendado. Por outro lado, mesmo com o Gilberto Carvalho 
(ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República) dizendo nas 
primeiras reuniões que deveríamos ter o tempo necessário para acordar 
uma proposta, os trabalhadores estiveram com a faca no pescoço de todos 
os lados durante todo o período”, criticou.
Realidade dos terceirizados
 – De acordo com um estudo de 2011 da CUT e do Departamento 
Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o 
trabalhador terceirizado fica 2,6 anos a menos no emprego, tem uma 
jornada de três horas a mais semanalmente e ganha 27% a menos. A cada 10
 acidentes de trabalho, oito ocorrem entre terceirizados. Estima-se que o
 Brasil tenha cerca de 10 milhões de terceirizados, o equivalente a 25% 
dos trabalhadores com carteira assinada no país.
Com informações da CUT
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