Gari e dona de casa formam 8 filhos servidores públicos
29 de maio de 2016
Um gari e sua esposa, que é dona de casa, se orgulham de ter conseguido ajudado oito filhos a passar em concurso público
Dona
 Bartíria e seu Paulino Doxa têm filho trabalhando no Ministério Público
 da União, Tribunal Regional Federal, Tribunal de Justiça do Distrito 
Federal e Territórios, além das secretarias de Fazenda, Educação e Saúde
 do DF. Só o caçula já acumula 10 nomeações.
Ver as imagens
Ela
 e o marido moravam em uma fazenda no interior de Goiás, onde se 
conheceram e lá tiveram os três primeiros filhos.Bartíria, de 75 anos, 
conta que sempre priorizou os estudos dos filhos, apesar de ela mesma 
não ter tido a oportunidade de estudar.
“Vim
 para Planaltina com cerca de 28 anos, foi difícil. Mas sempre tive 
vontade de que meus filhos estudassem, porque isso eu não pude. Não 
tínhamos condições de colocá-los em colégio particular, mas sempre 
dávamos um jeito. Meu marido trabalhava fora, ganhava pouco, mas tinha 
salário todo mês. E eu cuidava dos filhos em casa e ajudava quando 
podia, costurando e lavando roupa para os outros”, recorda.
Estudar
O
 incentivo aos estudos é confirmado pelos filhos. Mauro Doxa afirma que a
 influência dos pais foi decisiva. “Meu pai sempre disse que ‘o estudo 
muda a realidade social e a caneta era o maior patrimônio que poderia 
nos deixar’”.
Segundo
 o caçula, que hoje é analista do MPU e já foi servidor do Superior 
Tribunal de Justiça, o fato de o irmão mais velho ter sido aprovado em 
primeiro lugar com apenas 19 anos, na Secretaria de Educação, também foi
 decisivo para o restante da família.
“O
 mundo de quem estuda para concursos é bem corrido, lidamos com pessoas 
de todas as áreas e situações diversas, com aspectos financeiros e 
formações distintas. Umas das maiores dificuldades era conseguir 
dinheiro para estudar em cursinhos preparatórios e adquirir materiais de
 estudo de qualidade”, lembra.
Já
 Gervani, o primogênito, também credita a escolha pelo serviço público 
ao pai, “o que ele podia dar para nós era educação e foi o que ele fez”.
 Logo após sair do Ensino Médio, ele já tentou seu primeiro concurso na 
antiga Fundação Educacional e já está há 25 anos como secretário 
escolar.
“Nossa
 família não tem muita vocação para comércio ou ter um negócio próprio, 
eu mesmo não sei fazer mais nada a não ser estudar, e o jeito foi seguir
 o caminho do serviço público”, afirma Gervani que sempre indica 
concursos para os irmãos e continua estudando para um dia passar na 
Câmara dos Deputados.
Gari concursado
Seu
 Paulino foi quem iniciou a família na vida do funcionalismo. Após 
trabalhar na roça até os 36 anos, foi aprovado em um processo seletivo e
 se tornou gari no Serviço de Limpeza Urbana – SLU.
Ele
 costuma dizer que tirou 10 na prova prática, que era capinar. Hoje está
 aposentado como operador de máquinas, após 35 anos de serviços 
prestados no mesmo órgão.
Com informações do Correio Web
Nenhum comentário:
Postar um comentário