Professores devem monitorar uso de novas tecnologias em aula
09/02/2012 - 16h18 SIMPRO
Antes,
 cadernos e quadro-negro reinavam absolutos nas salas de aula. Hoje, 
dividem espaço com tablets, netbooks e lousas digitais. Se os novos 
estímulos tornam as aulas mais dinâmicas e interessantes, eles podem ser
 uma ameaça ao rendimento escolar. Para assegurar o bom desempenho de 
jovens e crianças, especialistas alertam: o acesso às ferramentas 
tecnológicas deve ser constantemente monitorado.
Desde
 o ano passado, o Colégio Pitágoras Cidade Jardim, em Belo Horizonte, 
estimula o uso da tecnologia dentro da sala de aula. Para isso, os cerca
 de 1.100 alunos têm acesso a diferentes plataformas, disponibilizadas 
de acordo com a tarefa prevista. Segundo a gerente de conteúdos e 
serviços pedagógicos da educação básica da Rede Pitágoras, Adélia 
Martins de Aguilar, os tablets auxiliam os professores durante a 
pesquisa. “É um mecanismo para consumo de conteúdo”, diz. Já nos 
momentos de produção textual, por exemplo, a
 proposta é lançar mão do netbook.
Antes
 de liberar totalmente o acesso a conteúdos disponíveis na web, a escola
 deve tomar uma série de cuidados. Segundo Adélia, no caso do Pitágoras,
 softwares ajudam a monitorar o que os alunos fazem enquanto estão com 
os olhos grudados na tela. “É possível acompanhar em tempo real tudo o 
que eles fazem. A mídia é sedutora, dá muitas possibilidades. Eles 
precisam de
 orientação”, afirma.
Lúcio
 Teles, professor de Informática na Educação da Universidade de Brasília
 (UnB) reforça a tese de Adélia. “Para evitar que eles se deslumbrem com
 as possibilidades da rede, é preciso estar atento ao que acontece 
durante a aula”, diz. Segundo Teles, softwares que bloqueiam o acesso a 
alguns sites podem evitar a dispersão – mas, para o especialista, esse 
não é o método mais
 adequado. “O estudante precisa ser motivado. Ele deve utilizar a 
tecnologia a seu favor, somando conteúdo às aulas”, explica.
Uma
 das saídas é organizar a turma em grupos, de modo que um monitore o 
outro. “Dois ou três alunos podem trabalhar juntos, enquanto o professor
 circula por entre as mesas. Além de poder acompanhar o processo, torna a
 aula mais colaborativa”, sugere.
Teles
 diz não ter medo de competir com as novidades. “É normal apresentar 
resistência no início, mas, para obter êxito e motivar a turma, é 
preciso se preparar”, afirma. O especialista acredita que, atualmente, a
 maioria dos profissionais não sabe lidar com as novas ferramentas. 
Adélia conta que, para evitar que o corpo docente trabalhasse com 
ferramentas com as quais não sabe lidar, o Colégio Pitágoras promoveu 
capacitações
 antes do início do projeto.
“Eles
 conheceram os equipamentos, manusearam os dispositivos, fizeram 
perguntas. Para conseguir bons resultados, é importante conhecer todas 
as possibilidades”, explica. “Nós queríamos resultado, e a tecnologia 
permitiu que melhorássemos muito o desempenho de nossos alunos. A grande
 questão é o docente ter paixão pelo conteúdo e se apropriar de novos 
métodos, proporcionando
 avanços em sala de aula”, acrescenta.
Com informações do Terra.com
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