POR QUE NÃO QUEREM O PLEBISCITO? (DE SINPRO DF).
Sim ao Plebiscito sobre a reforma, mas com participação popular
Nos últimos dias, o povo tomou as ruas para demonstrar o seu 
descontentamento e  repúdio  a forma como se faz política no Brasil, num
 profundo questionamento de como as decisões são tomadas, por quem são 
tomadas e em nome de quem são tomadas. O que está sendo questionado é o 
nosso sistema político como um todo, que em resumo podemos definir como 
uma democracia sem povo.
 
 Nós da Plataforma dos  Movimentos 
Sociais pela Reforma do Sistema Político  fazemos parte deste movimento e
 reafirmamos a nossa convicção da necessidade de uma profunda reforma do
 sistema político, que começa com o fortalecimento da democracia direta e
 a reforma do sistema eleitoral.
 
 Saudamos o 
 discurso da presidenta Dilma Rousseff e das demais forças políticas que
 agora defendem uma reforma política que amplie os mecanismos de 
participação da população nas decisões. Lamentamos que só agora esta 
questão fundamental para a nossa democracia assuma centralidade no 
debate público. Não foi por falta de mobilização, pressão e propostas da
 sociedade. Esperamos que isso não seja apenas uma tentativa para 
“acalmar” as ruas.
 
 Estranhamos o "lugar" do anúncio da proposta
  feita pela  presidenta  Dilma. O lugar  escolhido  foi a reunião com 
governadores e prefeitos, reforçando a ideia que  reforma política  diz 
respeito somente aos "políticos",  sendo que no nosso entendimento este 
pacto deveria ser  feito e negociado com as  diversas 
representaçõ
 ;es da sociedade. Precisamos entender o que a população que está nas 
ruas estão nos  dizendo: o povo quer participar diretamente das grandes 
 decisões e não  ficar a reboque de uma institucionalidade que não 
representa  mais a complexidade da sociedade  brasileira.
 
 Para 
nós da Plataforma só faz sentido uma  reforma política que resgate a 
soberania popular  através do  fortalecimento dos  instrumentos da 
 democracia direta. Queremos e defendemos que o povo tenha o direito de 
participar diretamente das grandes decisões e não apenas dos momentos 
eleitorais.  Defendemos  também a necessidade do aperfeiçoamento do 
nosso sistema de representação, que passa pelo barateamento das 
campanhas, pelo fim da  influência do poder econômico e pelos mecanismos
 de  inclusão d
 os  grupos sub-representados nos espaços de poder.
 
 Defendemos 
que uma  verdadeira reforma política deva ser construída pelos 
instrumentos de democracia direta que  já temos garantidos na 
 Constituição de 1988. A nossa defesa é por um plebiscito para definir 
as principais questões da reforma política. Queremos que o povo defina o
 conteúdo da reforma política e para isso já temos o instrumento 
político que é o plebiscito.
 
 Defendemos que todo o processo da 
reforma política seja protagonizado também pela sociedade. Para  isso, 
propomos que o Congresso Nacional convoque a Conferência Nacional da 
Reforma Política com o objetivo de definir os temas e as perguntas para o
 plebiscito.
 
 Defendemos também que todo o processo de campanha do plebiscito da reforma política seja compartilhado
  com a sociedade civil e não algo exclusivo dos partidos.
 
 Por 
entendermos que esse tema precisa ser protagonizado pela sociedade, pois
 todo poder emana do povo, nós movimentos e organizações  que 
construíram e constroem a Lei de Iniciativa Popular pela Reforma 
Política, decidimos  manter   a Campanha  de coleta de  1,5 milhões de 
assinaturas que pode ser acessada no site www.reformapolitica.org.br<http://www.reformapolitica.org.br/>
 
 *A Plataforma dos  Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema político 
 articula  39  redes da sociedade civil desde 2004.  Estas redes 
 congregam mais de  900 grupos/organizações em todo o Brasil. Este 
conjunto de movimentos sociais e organizaçõe
 s  reafirma a sua convicção da necessidade da radicalização da 
democracia, uma democracia onde todos/as se sintam representadas e 
possuam todos os instrumentos para exercer o poder. 
 
 
 
          
      
 
  
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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